Em franco processo de desenvolvimento econômico e social, a região do Cariri, no Sul do Estado, vem despertando, cada vez mais, preocupação de urbanistas e geógrafos humanos em relação aos efeitos colaterais desse crescimento.
A criação da Região Metropolitana do Cariri, em junho de 2009, por exemplo, é considerada um avanço. Mas também coloca, diante dos nove municípios que a compõem, novos desafios para gestores e a sociedade.
Uma dessas frentes de reflexão encontra-se no Departamento de Geociências da Universidade Regional do Cariri (Urca). Coordenador de um dos grupos de estudo do departamento, o professor Ivan da Silva Queiróz diz que a região precisa se preparar para impactos de médio e longo prazos.
“A Região do Cariri vem crescendo. Isso é fato. Mas, quais são as consequências desse crescimento?”, indaga o estudioso, doutorando em Desenvolvimento Urbano e Regional pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
Entre os pontos alertados pelo especialista estão a mobilidade e acessibilidade urbanas nas cidades da região. Principalmente, nos maiores municípios do Cariri - Juazeiro do Norte, Crato e Barbalha. Para o professor, poucos gestores vêm se debruçando na procura de solução para esses problemas.
Outra questão relevante apontada pelo pesquisador da Urca é o crescimento habitacional na região, com especulação imobiliária em algumas áreas da cidade.
Um exemplo desse fenômeno, que tem retirado populações de seus locais de origem, segundo Ivan da Silva Queiróz, é o bairro Frei Damião, em Juazeiro do Norte.
A localidade vive um momento particular de crescimento de seu entorno, o que tem elevado o valor dos imoveis. “As pessoas estão tendo que sair de lá para outros lugares mais distantes”, ilustra Queiróz.
O quê
ENTENDA A NOTÍCIA
Com gargalos próprios de uma região metropolitana, o Cariri cearense apresenta, atualmente, indícios do que poderá acontecer, caso não haja planejamento à altura das transformações por que passam a região.
O Povo
Nenhum comentário:
Postar um comentário