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domingo, 14 de agosto de 2011

Acadêmicos da Faculdade de Medicina vão paralisar atividades

Demontier Tenório
No período de 16 a 18 de agosto acadêmicos da FMJ (Faculdade de Medicina de Juazeiro) estarão com as atividades paralisadas em protesto contra as condições de ensino que a mesma vem oferecendo aos seus alunos. Atualmente, a mensalidade da FMJ é em torno de R$ 3 mil. Segundo o estudante Daniel Pereira Barros, o manifesto foi batizado de “Estacionada” numa referência a Estácio de Sá mantenedora da instituição juazeirense.

A mobilização está sendo feita através de panfletos e via e-mail dos acadêmicos. De acordo com Daniel, há anos a FMJ enfrenta problemas e essa preocupação foi manifestada pelos alunos reunidos em uma Assembléia Geral Extraordinária na última segunda-feira, no auditório da própria instituição, quando muitos externaram suas revoltas com duras críticas à qualidade do ensino.



O panfleto lembra os 10 anos da instituição a qual, no início, investiu bem na sua infraestrutura e contratação de profissionais para a construção de uma faculdade de qualidade. Os acadêmicos ressaltam a construção de “excelentes laboratórios”, mas dizem que os problemas começaram com a celebração de convênios com instituições de saúde para compor os campos de prática. São os casos Hospital Escola Santo Inácio e o Hospital e Maternidade São Lucas.

Quanto ao Santo Inácio, o documento cita os ambulatórios apertados, não climatizados, mal ventilados e superlotados de alunos. Em algumas ocasiões chega a 25 alunos em uma só sala o que torna o aprendizado cada vez mais difícil. De acordo com os acadêmicos, o Cariri possui outros grandes hospitais que poderiam ser parte de convênios oferecendo melhores condições. O próprio estado já manifestou interesse de celebrar convênios com a FMJ.

Há quatro anos houve o primeiro movimento de paralisação dos alunos em busca de melhorias. Algumas solicitações foram atendidas, mas o essencial não mudou. Novos alunos estão chegando ampliando ainda mais os problemas por conta da não reestruturação dos laboratórios, salas e a contratação de novos profissionais. Ainda hoje algumas disciplinas precisam dividir o horário de prática para contemplar todos os alunos, reduzindo assim o tempo de permanência nos laboratórios.

Outro problema mencionado no panfleto é a pouca quantidade de livros e estrutura na biblioteca. Os manifestantes, porém fazem questão de ressalvar o corpo docente, como disseram, composto de profissionais qualificados e dedicados ao ensino. Entretanto, observam que muitos estão deixando a FMJ por questões financeiras. Com isso, estudantes farão uma paralisação para mostrar ao País o que está acontecendo com a educação médica.

Miséria

Atitude louvável por parte do aluno, esperamos que ele não sofra nenhum tipo de perseguição dos leões de chacara da referida instituição. Toda instituição que se preze deve receber as críticas e reabilizar soluções, esconder problemas é um mal hábito que deve ser banido de todas as esferas, principalmente da educação brasileira.

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