Sobre a federalização da Urca
Em junho de 2010, o governador Cid Gomes encaminhou proposta ao Ministério da Educação para federalização das universidades estaduais do Ceará. A decisão tomada por Cid (à época em campanha para reeleição) só foi anunciada em 09 de agosto do ano passado, em entrevista à imprensa de Fortaleza. O Diário do Nordeste fez ampla divulgação do fato, na edição do dia seguinte, dia 10. A matéria ainda pode ser consultada na Internet. Segundo Cid Gomes, a primeira parte da sua proposta de federalização prevê o envolvimento do núcleo e o campus avançado da UFC, no Cariri, que encamparia a Urca e a Faculdades de Tecnologia de Juazeiro do Norte (Fatec).
Em junho de 2010, o governador Cid Gomes encaminhou proposta ao Ministério da Educação para federalização das universidades estaduais do Ceará. A decisão tomada por Cid (à época em campanha para reeleição) só foi anunciada em 09 de agosto do ano passado, em entrevista à imprensa de Fortaleza. O Diário do Nordeste fez ampla divulgação do fato, na edição do dia seguinte, dia 10. A matéria ainda pode ser consultada na Internet. Segundo Cid Gomes, a primeira parte da sua proposta de federalização prevê o envolvimento do núcleo e o campus avançado da UFC, no Cariri, que encamparia a Urca e a Faculdades de Tecnologia de Juazeiro do Norte (Fatec).
Quem foi o pai dessa ideia?
Não, não partiu de Cid Gomes a proposta de federalização das universidades estaduais cearenses. Na verdade, desde 2005 – ainda no governo Lúcio Alcântara – este assunto foi ventilado pelo então secretário de Ciência, Tecnologia e Educação Superior do Ceará, Hélio Guedes Barros. O argumento usado por ele, ao defender a federalização das Universidades Vale do Acaraú (UVA) e Regional do Cariri (Urca) era que o Tesouro do Governo do Ceará não tinha recursos suficientes para manter a contento essas duas instituições.
Não, não partiu de Cid Gomes a proposta de federalização das universidades estaduais cearenses. Na verdade, desde 2005 – ainda no governo Lúcio Alcântara – este assunto foi ventilado pelo então secretário de Ciência, Tecnologia e Educação Superior do Ceará, Hélio Guedes Barros. O argumento usado por ele, ao defender a federalização das Universidades Vale do Acaraú (UVA) e Regional do Cariri (Urca) era que o Tesouro do Governo do Ceará não tinha recursos suficientes para manter a contento essas duas instituições.
Como seria o processo de federalização?
Naquela época, o governo do Ceará enviou ao Ministério da Educação–MEC, proposta prevendo – tanto para a UVA como para a Urca – o modelo adotado no estado de Tocantins. Ou seja, os professores atuais seriam mantidos pelo Estado num quadro especial, que não poderia ser ampliado. Todos direitos desses professores seriam mantidos e bancados pelo Estado, inclusive, a aposentadoria. Quando o Governo Federal realizasse concurso para novos professores, o contrato seria federal. Os atuais professores da Urca/Uva poderiam fazer esses concursos e em caso de aprovação, passariam a fazer parte do funcionalismo federal. Mas quem preferisse, ficaria no quadro do Estado do Ceará até se aposentar.
Naquela época, o governo do Ceará enviou ao Ministério da Educação–MEC, proposta prevendo – tanto para a UVA como para a Urca – o modelo adotado no estado de Tocantins. Ou seja, os professores atuais seriam mantidos pelo Estado num quadro especial, que não poderia ser ampliado. Todos direitos desses professores seriam mantidos e bancados pelo Estado, inclusive, a aposentadoria. Quando o Governo Federal realizasse concurso para novos professores, o contrato seria federal. Os atuais professores da Urca/Uva poderiam fazer esses concursos e em caso de aprovação, passariam a fazer parte do funcionalismo federal. Mas quem preferisse, ficaria no quadro do Estado do Ceará até se aposentar.
Um nó a ser desatado
Existem, no entanto, restrições para a federalização da Urca. E elas partem de alguns professores e funcionários do Campus-Cariri da Universidade Federal do Ceará. “Em off” (ou seja, reservadamente e sem se identificar publicamente), eles dizem que a incorporação da Urca pouco acrescentaria para melhorar a futura Universidade Federal do Cariri–UFCA. Os críticos mais otimistas chegam a afirmar que – a priori – apenas algo em torno de 10% de útil seria aproveitável na incorporação da Urca pela projetada universidade federal no sul-cearense. E citam as razões. Por exemplo: a “herança maldita” recebida por Dilma do seu antecessor. Hoje, o MEC administra 59 universidades federais. E nessas existem 53 obras (em 20 universidades) que ainda enfrentam problemas de conclusão com as empreiteiras licitadas. Depois, dona Dilma até agora só fez foi cortes profundos no Orçamento da República para este ano, o que inviabiliza a criação de novas universidades federais. Parece que a meta é mesmo combater a corrupção generalizada nos ministérios, nos últimos oito anos. Depois da Casa Civil e do Ministério dos Transportes, começou agora a faxina no Ministério do Desenvolvimento Agrário. Se esse cenário for mantido, o Cariri demoraria mais algum tempo para ter sua universidade federal. E a Urca ganharia uma sobrevida...
Existem, no entanto, restrições para a federalização da Urca. E elas partem de alguns professores e funcionários do Campus-Cariri da Universidade Federal do Ceará. “Em off” (ou seja, reservadamente e sem se identificar publicamente), eles dizem que a incorporação da Urca pouco acrescentaria para melhorar a futura Universidade Federal do Cariri–UFCA. Os críticos mais otimistas chegam a afirmar que – a priori – apenas algo em torno de 10% de útil seria aproveitável na incorporação da Urca pela projetada universidade federal no sul-cearense. E citam as razões. Por exemplo: a “herança maldita” recebida por Dilma do seu antecessor. Hoje, o MEC administra 59 universidades federais. E nessas existem 53 obras (em 20 universidades) que ainda enfrentam problemas de conclusão com as empreiteiras licitadas. Depois, dona Dilma até agora só fez foi cortes profundos no Orçamento da República para este ano, o que inviabiliza a criação de novas universidades federais. Parece que a meta é mesmo combater a corrupção generalizada nos ministérios, nos últimos oito anos. Depois da Casa Civil e do Ministério dos Transportes, começou agora a faxina no Ministério do Desenvolvimento Agrário. Se esse cenário for mantido, o Cariri demoraria mais algum tempo para ter sua universidade federal. E a Urca ganharia uma sobrevida...
Armando Rafael
Achamos que o Crato não tem argumentos fortemente convicentes para pleitear a sede da UFCA. A alegativa de uma divisão justa de equipamentos metropolitanos nos permite afirmar que sendo o Crato sede de uma instituição de nível superior pública, nada mais justo que a contemplação de outro município que não o município sede da URCA.
A Cidade do Crato amarga décadas de decadência, esvaziamento político e desenteresse da iniciativa privada, traduzidos pela ausência de representantes na Camara Federal, perda de instituições como SESI, fechamento ou transferência de firmas para JN e Crato.
Até os investimentos que poderiam receber com legitimidade como um Novo Parque de Exposições foi motivo de tanta exitação, que faz com que outras cidades que já teceberam o mesmo investimento, comprovadamente registrem melhoramos perdidos pela Princesa do Cariri.
A população cratense se quer esta disposta a abdicar do seu atual Parque para sediar uma universidade em nome de uma tradição que os deixam ultrapassados.
Em suma: o Crato parou no tempo. Não podemos deixar que o seu comportamento adotado seja deletério as outras cidades da RMC. Seu poder de liderança sucumbiu e esqueceram de avisar a fidalgos e aristocratas de outrora.
Existem vários critérios de escolha:
1- Acessibilidade: JN é o Centro da RMC;
2- Estrutural: JN é a sede do Campus avançado da UFC no Cariri;
3- Fiscal: JN têm a maior arrecadação do Cariri;
4- Econômico: JN possui 40% do PIB do Cariri;
5- Populacional: JN possui a maior população do Cariri ( metade da RMC);
6- Imobiliário: JN possui a maior fronteira imobiliária do interior do estado, no Cariri: é seguido por Barbalha;
7- Político: JN possui maior representatividade política;
8- Logístico: Em JN se tem o maior conjunto de equipamentos públicos e privados de suporte para UFCA;
9- Acadêmico: JN possui o maior número de cursos universitários do interior do estado;
10- Carêncial: Apesar de tudo: JN não é sede de menhuma instituição pública de nível superior.
Para se querer algo é preciso fazer por merecer. Não deixemos que brigas internas postergem ainda mais a abertura de uma Grande Universidade para o Cariri.
Esse deputado ainda promete coisas para Juazeiro? Pelo amor de Deus! Cadê a praça do marco zero, o estacionamento dos romeiros, os portais da cidade? O aeroporto ele chegou a anunciar que tinha resolvido tudo. Mentira! A Justiça que deu um basta. Agora vem prometer de novo a ampliação. Podemos esperar sentados. A Infraero vai investir tudo nas cidades sedes da copa. Se investir em Juazeiro, certamente não será por mérito dele.
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ResponderExcluirTambém concordo, não há o que duvidar, que a sede da provável UFCA venha a ser aquele campus da UFC na Lagoa Seca.
ResponderExcluirAdmito também que o sr. juanews continua o mesmo de sempre: rançoso e anticratense, com os argumentos clichês de sempre - não sobre Juazeiro, mas os que "versam" acerca de Crato. Já vi que em alguns anos de blog, o verdadeio pensamento e sentimento continuam os mesmos, em que pese a mudança da (duvidosa) estética do blog, no afã de ser um espaço literário...Não é nenhuma surpresa.
No quesito "parar no tempo", eu tenho algumas verdades incômodas a dizer:
O Crato é tão parado no tempo que ainda hoje chega a incomodar vocês; não há o que discutir. O Crato é tão parado no tempo que há mais de dez anos abocanhou uma grande indústria de calçados que seria muito bem instalada no maior polo calçadista do estado - vocês - mas encontra-se muito bem lá no bairro seminário.
Estamos tão apáticos no tempo que até o IFCE do Ceará resolveu emcampar a maior escola técnica agrícola do interior do estado, a antiga EAFC, e hoje o campus do IFCE cratense tem duas ou mesmo três vezes o tamanho(em m²) do seu similar juazeirense, já contando com as graduações - públicas, federais e gratuitas- de Sistmas da Informação e Zootecnia. Sem falar da invejável estrutura física e humana que só tender a crescer. É fato...
O Crato é tão parado no tempo que muitos investimentos privados que chegam em Juzeiro não demoram muito em vir para cá, ainda que na proporção do tamanho de nossa cidade. Mas chegam e só tendem a somar ao setor de serviços de nossa cidade que, de outra forma, seria inexistente ao lado de um polo como o Juazeiro.
Estamos tão parados no tempo que um deputado domiciliado na "potência política" que é o juazeiro veio ser aliado do prefeito de Crato, já que o alcaide juazeirense elegeu como seu representante político um tal de cuecão, deixando de escanteio um parlamentar local. Aliás, este parlamentar local vendeu um hospital em Juazeiro e adquiriu outro em Crato, onde ora realiza investimentos. Tudo que vem($$) é bom. Até se vier daquele outro parlamentar oriundo de Várzea Alegre que não só legisla como administra em causa própria. Mas vocês o amam.
Pois é. O prestígio daí além São José tá tão alto que agora o incômodo encontra-se lá no norte do estado. Enquanto Sobral trabalha - e nem se lembra de vocês - qualquer passo do prefeito da "princesa do norte" é motivo de calmante no Juazeiro. Entendam que quem amargou o tempo perdido tem muito a dizer. Ah, Juazeiro teve um clã político que manteve-se durante muito tempo no poder mas não primou por um desenvolvimento digno do nome.
Ao contrário de Sobral que, mesmo não tendo a mesma elite econômica de juazeiro, acabou por se tranformar no maior receptor em potencial de grandes investimentos no interior do estado. Acho que vou parar por aqui. É desnecessário contrargumentar, apesar de ter aqui muita coisa boa pra ser escrita. No momento, deixo para outras oportunidades.
Claro, não poderia esquecer de dizer que um equipamento muito melhor poderá vir, e porque não, a ser instalado no antigo SESI, a exemplo do antigo espaço físico da Fundação Padre Ibiapina que viria a servir de ponto de partida para a URCA...
Admiral
Crato-CE
No que depende da iniciativa privada JN vai muito bem, no que depende da politica, outras cidades são mais bem cotadas> Sobral é uma cidade fundamentada nos Ferreira Gomes que ora controlam a politica estadual. Natural que tenha tantos investimentos de peso. Pois, se caminhasse com seus próprios pés tropeçaria
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