Maior PIB do Nordeste(R$ 160 bilhões) e mais desenvolvido Estado da região, a Bahia está dando uma lição ao Ceará em política de gestão metropolitana. Governador Jaques Wagner(foto) anunciou, nessa semana, mais 19 novas indústrias, captadas e estimuladas pelo Governo do Estado, que serão instaladas em Feira de Santana, maior e mais importante cidade do interior baiano, agora sede da Região Metropolitana de Feira de Santana. Objetivo é fortalecer a estrutura da cidade para gerar mais empregos e renda irradiando desenvolvimento sobre todas as cidades que fazem parte da nova região metropolitana criada agora em julho deste 2011 no agreste baiano.Quanto mais forte for Feira de Santana, mais forte será a Bahia. |
Esta é uma grande lição do moderno Governo Jaques Wagner, na Bahia, ao atrasado Governo Cid Gomes, no Ceará. Primeiro, pela correta, coerente e justa denominação de Região Metropolitana de Feira de Santana e não Região Metropolitana do Agreste Baiano porque embora a cidade seja conhecida como “Princesa do Sertão”, titulo que lhe foi dado pelo Águia de Haia, Rui Barbosa, ela fica na região agreste da Bahia. Segundo, por dar atenção e prioridade aos investimentos públicos e privados em Feira de Santana reconhecendo e potencializando sua condição de maior e mais importante cidade do interior da Bahia. Objetivo do governador Jaques Wagner é evidente: quanto mais desenvolvida for Feira de Santana, melhor para a Bahia.Mas, essa lição do atual Governo da Bahia ao Governo do Ceará tem uma pedagogia: A Bahia é o mais desenvolvido Estado do Nordeste e muito mais, muito mais desenvolvido do que o Ceará, não apenas porque tem melhor infraestutura, é um Estado mais organizado e tem uma economia disparadamente mais forte.Não. É também e principalmente porque tem uma classe de políticos responsáveis mais comprometidos com a seriedade na gestão pública, ao contrário do Ceará, onde os políticos, de mentalidade atrasada, deixam de ser responsáveis para manter suas negociatas pessoais com o governador Cid Gomes, de mentalidade tacanha. Há também uma diferença de governador para governador. Enquanto o governador Jaques Wagner é um homem de visão larga e de postura de estadista, o governador Cid Gomes é um homem de visão estreita e de postura atrasada, provinciana, arrogante e prepotente. Há muitas provas disso e uma delas é exatamente a criação da Região Metropolitana no Cariri que precisa de uma mensagem revisora à Assembléia para ser, correta e justamente, denominada Região Metropolitana do Juazeiro, visto que Juazeiro do Norte é a cidade-pólo, cidade-lider, cidade-cabeça, cidade-metrópole regional. Essa questão da denominação é importante não apenas por identidade institucional, mas porque significa, pelo tácito reconhecimento, a garantia de que a cidade receberá os investimentos compatíveis com suas necessidades e exigências de desenvolvimento.Das 36 Regiões Metropolitanas já existentes hoje no Brasil, 13 estão no Nordeste, das quais dez criadas e implantadas corretamente: Região Metropolitana de Salvador, Região Metropolitana de Feira de Santana, Região Metropolitana de Aracaju, Região Metropolitana de Maceió, Região Metropolitana do Recife, Região Metropolitana de João Pessoa, Região Metropolitana de Campina Grande, Região Metropolitana de Natal, Região Metropolitana de Teresina e Região Metropolitana de São Luis. Somente três fogem do parâmetro institucional normal e correto: Região Metropolitana do Agreste, com sede Arapiraca, maior e mais importante cidade do interior de Alagoas: Região Metropolitana do Sudoeste Maranhense, com sede em Imperatriz, maior e mais importante cidade do interior do Maranhão, e Região Metropolitana do Cariri, com sede em Juazeiro do Norte, maior e mais importante cidade do interior do Ceará. Essas três exceções são, na verdade, três aberrações geradas pela politicagem do que de pior existe na política nordestina já em si mesma atrasada em relação ao resto do País. Ao invés de fazer a coisa corretamente, em padrão institucional e legal adequado, como faz o Brasil desenvolvido, o governador Cid Gomes preferiu seguiu o modelo dos Estados nordestinos mais atrasados politicamente, arrasados pelo coronelismo político que moldura seu perfil de governante. .O que o coronelismo político fez Alagoas e Maranhão foi excluir Arapiraca e Imperatriz da denominação para dar uma falsa ilusão de estar contemplando, igualmente, todas as cidades de suas respectivas regiões metropolitanas.Falsa ilusão porque por suas dimensões e necessidades, Arapiraca e Imperatriz terão que ter tratamentos e investimentos diferenciados, prioritários em níveis acima de suas cidades satélites, menores e com menores necessidades. Foi também essa pilantragem que determinou o coronelismo político do governador Cid Gomes na exclusão do Juazeiro na denominação da Região Metropolitana no Cariri seguindo o péssimo e abominável exemplo adotado em Alagoas e Maranhão. O que o governador Cid Gomes devia ter feito com Juazeiro é o que está fazendo o governador Jaques Wagner com Feira de Santana, cidade que fica num dos principais entroncamentos do Nordeste,sendo ponto de encontro das BRs 101, 116 e 324 e ponto de passagem do tráfego que vem do Sul e do Centro-Oeste para o Nordeste. E o que o governador Jaques Wagner está fazendo é que o tem feito os governadores de regiões, cultural e economicamente mais desenvolvidas do País, onde as populações são mais esclarecidas e os políticos comprometidos com a responsabilidade na gestão pública. Vejam o mapa do Sul do Brasil: Região Metropolitana de Curitiba, Região Metropolitana de Londrina, Região Metropolitana de Maringá, Região Metropolitana de Florianópolis, Região Metropolitana de Criciúma, Região Metropolitana de Chapecó, Região Metropolitana de Itajaí, Região Metropolitana de Tubarão e Região Metropolitana de Porto Alegre.Somente o coronelismo político, a pilantragem política e o maquavelismo eleitoreiro explicam o que os governadores de Alagoas, Ceará e Maranhão fizeram ao criar regiões metropolitanas no interior de seus Estados. No caso do Ceará, existe um fator adicional: o governador Cid Gomes tem dado seguidas provas de que detesta Juazeiro embora tenha recebido excelentes votações nas suas campanhas eleitorais. Mas ele não tem espírito de gratidão nem gosta do Juazeiro,talvez porque Juazeiro seja a maior e mais importante cidade do interior cearense e não Sobral, sua terra natal. Fato é que ele não gosta do Juazeiro. Se o governador Cid Gomes gostasse do Juazeiro teria garantido e não emperrado a reforma e ampliação do aeroporto da cidade, um dos que mais crescem em movimento no Brasil, teria construído e não emperrado o Anel Viário do Juazeiro, obra de fundamental importância para a cidade, teia concluído e não emperrado o Centro de Apoio aos Romeiros, obra que se arrasta há anos com absurdo desperdício de recursos públicos, teria implantado o Metrô do Juazeiro e não o fajuto Metrô do Cariri, que não tem serventia nenhuma ao povo do Juazeiro, uma porcaria; e teria criado a Região Metropolitana do Juazeiro e não adotado um projeto excludente ao Juazeiro para prejudicar a cidade. Que não venham asseclas e secretários idiotas do governador e seus cupinchas e negocistas na Assembléia Legislativa do Estado alegar que no caso do Cariri existe a conurbação do triângulo JUABC(Juazeiro, Barbalha, Crato) que justifica a denominação Cariri. Conversa fiada de asseclas, idiotas, áulicos, oportunistas e lambe-botas sob a tenda da sem-vergonhice. Em todo o Nordeste, não existe nenhum fenômeno de conurbação maior e mais completo do que o de Olinda, Recife e Jaboatão, três cidades juntas, sem separação nem de um metro, totalmente conurbadas. Entretanto, lá a denominação é Região Metropolitana do Recife porque, apesar da importância histórica e cultural de Olinda, o Recife é verdadeiramente a metrópole regional. Como é Feira de Santana no agreste da Bahia, devidamente respeitada pelo governador Jaques Wagner. É como Feira de Santana que Juazeiro do Norte precisa ser priorizado e tratado pelo Governo do Ceará. Ah! Se Juazeiro do Norte fosse na Bahia.. a história seria outra porque a Bahia teria orgulho de Juazeiro do Norte. .Ah! Se Juazeiro do Norte fosse em Pernambuco, a história seria outra porque Pernambuco teria orgulho de Juazeiro do Norte. Mas, infelizmente, Juazeiro fica no Ceará e está administrativamente sujeito ao desprezo descabido do Ceará. Para completar, o governador Cid Gomes não tem a visão e a compreensão de que quanto maior e mais forte for Juazeiro do Norte, melhor para o Ceará. Daí a estupidez governamental contra Juazeiro. Mas um dia a casa desse Ceará estúpido vai cair...Diante disso tudo, a lei aprovada pelos cupinchas do governador na Assembleia do Ceará criando a Região Metropolitana no Cariri, excluindo o nome do Juazeiro, não merece o menor respeito. É uma lei institucionalmente indecente, eticamente imoral, politicamente viciada em pilantragem, maldosamente excludente, flagrantemente casuística, uma lei contra Juazeiro do Norte, de fato Metrópole e Capital do Cariri, principal centro comercial, industrial e cultural do Nordeste central do Brasil. Como é uma lei que não respeita a realidade, não merece respeito à sua legalidade,pois é uma lei de pandilheiros. Daí ter sido, desde sua aprovação, jogada no lixo pelo Juanorte. Para o Juanorte, que não tem qualquer compromisso com o Governo neofascista do Ceará e seus camaradas tabéticos na Assembleia do Estado, o que existe de fato e permanecerá existindo, legitimamente inquestionável, acima de qualquer pilantragem, é a Região Metropolitana de Juazeiro do Norte – Metrôjuá. O resto é atraso de governante pedante e truculento que só merece um destino: o lixo da história.
Juanorte
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